quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

time, time, time

Dezembro chegando, tic tac, tic tac. Time, time, time, só espero passar. E nem que pudesse adiantá-lo faria. É bom esperar o tempo. Fica algo recíproco entre nós. O tempo passa no seu ritmo e me dá tempo de volta. Tempo suficiente pra pensar. Mas já abandonei minha cabeça. Agora quero só saber do coração. Não quero mais pensar. Dizem que quanto mais nos olhamos no espelho mais defeitos nós encontramos. Então parei de pensar e comecei a viver.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Classificação: drama

As câmeras ligam. O show começa. Os passos são ensaiados, pisados com extremo cuidado. Não pode fazer demais, não pode fazer de menos. Não pode fazer errado. Não pode errar, não pode... estão assistindo. Estão comentando. Estão opinando. E quem disse que precisamos de opiniões? Ignoramos as câmeras. Fazemos o que queremos. Brigamos com quem queremos. Ouvimos o quanto queremos. Falamos quando queremos. Não precisa de explicação. A casa se divide, e não precisa de explicação. Escolhem seus lados, também, sem explicação. Mas ainda existe o muro. Ainda podem usar seu topo, com cuidado para não cair. E pra quem não quer muro nem lado? Não entra. Não participa do jogo todo. E quem disse que o muro não será quebrado? Ninguém esqueceu as câmeras. Não podemos errar. Não podemos ser fracos diante das câmeras. O muro quebra, os lados viram um só, pessoas comentam. Os passos são ensaiados, tudo se repete.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Guerra Fria

'' Eu não sei mais o que é certo e errado''
Eu vejo dois mundos. Dois mundos meus. Os observo sempre daqui de cima. Dois mundos com povos contraditórios. Dois mundos que vivem em guerra, dois mundos que me dão uma facada no coração quando batalham. As gotas rolam pelo meu rosto e caem nos dois mundos.
Começa a chover nos dois mundos. Os seus povos são enchidos pelo vazio e pela tristeza que toda chova trás. E começa a guerra. O povo do primeiro mundo aponta seus mísseis para o céu, estes têm raiva da chuva. Aponta outro de seus mísseis para o segundo mundo. Mas o segundo mundo não está desprevenido. Já esperava um míssel. O segundo mundo se protege, salva todo o seu povo da destruição. O primeiro mundo se revolta. Tem raiva da chuva. Aponta um novo míssel para o céu e me atinge, o segundo mundo me consola, começa a chover mais. O segundo mundo me mostra o que é certo e errado, me mostra que mundos que me ferem não merecem. O primeiro mundo entra em total fúria. Me fala seu ponto de vista. Me mostra o seu certo e o seu errado. Critica o segundo mundo. Me avisa dos mísseis que estão apontados para mim do segundo mundo, mas não acredito. Estes nunca me feriram. A chuva aumenta, não sei qual mundo é certo. O primeiro mundo desiste de lutar, sabe que não chegará a nada. O primeiro mundo busca independência, não quer mais chuvas para seu lado. O primeiro mundo se liberta, mas sua fúria não passa. Começa uma Guerra Fria entre os dois lados que se formaram com a independência. O primeiro mundo ameaça jogar seus mísseis, agora sem chuva não tem mais tristeza, apenas raiva. O segundo mundo me avisa para não acreditar, sabem que eles não conseguirão atingir. A chuva volta no segundo mundo, o primeiro mundo ri da chuva , agora que não cai mais neles. O primeiro mundo insinua atacar, o segundo mundo não se importa e me protege. A Guerra Fria cada vez ganha mais seus aspectos ‘’frios’’, todo caos fica apenas preso nas palavras, todo caos fica na cabeça de quem caiu de cima do muro para o segundo lado. Aumenta a pressão, mais chuva cai, eu sei o que eu considero certo, mas são muitos que dizem errado, dizem que não é o meu mundo... então, qual é?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Respectivamente

Surpreende-me até hoje. Primeiras impressões não valem de nada. Só o tempo mostra como as pessoas são de verdade por dentro. E o tempo me mostra mais e mais a cada dia... Você é simplesmente uma pessoa maravilhosa. Não faz ideia do bem que faz para as pessoas a sua volta. O seu jeito, sua amizade, suas palavras, tudo. E o mais incrível em você é que você nem precisa falar ''eu te amo'' para mostrar que gosta de alguém, que se importa com alguém. Você demonstra. Você ajuda com suas palavras, com suas ações. E é impossível não gostar de alguém como você, eu simplesmente não consigo ver como. Apesar das suas implicâncias, seus erros e seus defeitos, suas qualidades superam tudo, sua amizade supera tudo. Muito obrigada por tudo e pela sua amizade, e eu estou aqui sempre, pro que der e vier, amigan.

sábado, 11 de setembro de 2010

Voto nulo

Optei por não optar. Deixar acontecer. Não fazer o que os outros querem que eu faça. Por que fazer o que os outros querem que eu faça? A vida é minha, eu faço as escolhas. Pra quem tem a mente forte, a única pessoa que tem influência na sua vida é você mesmo. Então erre, tropece, machuque-se até acertar. Mas faça o que você quer, porque ninguém pode mandar na sua vida.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A vida dá voltas e voltas

''O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha''

Se o mundo estiver acabando, se as pessoas a sua volta se afastarem, se seus maiores sonhos são impedidos, sorria e continue.
Se seus amigos te decepcionam, se alguns vão embora pra nunca mais voltar, se existe mais gerra do que paz a sua volta, sorria e continue.
Se você ouve mentiras cruéis, se você chora mais do que ri, se você as vezes tem vontade de sumir e não voltar tão cedo, sorria e continue.
A vida dá voltas e voltas, você pode estar agora em uma situação ruim, mas vai melhorar, com certeza. O pessimismo não ganha, procure sua própria felicidade, sempre. Existem muitos que gostam de você e querem você feliz. Tente sempre sorrir, e continuar.

- Dedicado a Nicole Amaral

sábado, 7 de agosto de 2010

Renove-se.

Mude. Mude seus princípios, mude suas ideias, seus ideais. Renovar. Viver com uma nova perspectiva de vida. Esquecer seus costumes, seus hábitos. Viva.

Valorize quem te dá valor.

Não corra atrás de quem não merece. Existem tantas outras mãos para segurar... Tantos outros ombros para chorar, tantos outros ouvidos para contar, tantos outros amigos para rir, sonhar, imaginar, brigar, amar.


Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura


Charlie Brown Jr.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Natália Ferreira

Eu agradeço de verdade por você não ter confiado totalmente em sua primeira impressão e por ter permitido me conhecer melhor. Agradeço por você ter deixado eu mostrar que não era aquilo que você pensava. Agradeço pela confiança que eu tenho em você, e pela mesma que você tem em mim. Eu sinto extrema confiança em você. Mesmo com tão pouco tempo, eu sinto que posso te contar algo e que você vai tentar me aconselhar. E a cada dia percebo que você é uma pessoa incrível, uma verdadeira amiga. Que a nossa amizade só cresça mais e mais. Saiba que pode contar comigo, minha DIVA.

Liberdade,

Libertar-se. Não se prenda a uma ideia. Ser livre para poder acreditar em mais de uma ideia, ser livre para criar a sua própria ideia.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um texto sem título

Cadê o meu lápis? Tá bom, eu preciso parar de pensar em coisas. E eu não usei a “palavra proibida’’ sem querer, foi proposital. Coisa. Algo tão indefinido... Exatamente a palavra que eu quero. Agora eu vou voltar, eu preciso ler. É. Eu ia dizer que eu não estou pensando em nada, mas aí eu pensei nisso e acabei pensando em algo. É, deu pra entender. Já pensou se isso dá em uma redação? Eu ficaria feliz. Redação não, texto. Texto é uma palavra melhor. Redação me parece algo obrigatório, algo que professores mandam fazer. Meu braço está doendo de escrever. Chega, depois eu volto a escrever. Mas sobre o que eu estou escrevendo? Eu ri. É, depois eu penso nisso.
Voltei, onde eu parei? Ah sim, sobre o que eu estou escrevendo. Não sei. Não tem assunto. Eu ri agora com uma idéia idiota. Como se aplicaria o E.E.T. nesse texto, se é que isso é um texto? Qual seria o assunto do texto? O objetivo do autor? Quantos parágrafos? É, não dá pra aplicar o E.E.T. nisso. Minha mãe atendeu agora o telefone com um – Sim?- Isso me lembrou quando eu atendi o telefone cantando a música Telephone da Lady Gaga. Eu não lembro quem era, mas eu acho que era de alguma empresa, não sei. Esse texto tem vinte e duas linhas, agora vinte e três, com frases sem o menor sentido, sem o menor assunto, sem o menor objetivo. Eu vou voltar a estudar, é o melhor que eu tenho para fazer. Vinte e seis.
Agora eu me lembrei que eu tinha falado pra minha amiga que eu não fazia um texto porque estava sem inspiração. Agora eu vi que não precisa de inspiração para escrever um. Faz bem escrever. É o mesmo que falar com um papel, um papel psiquiatra que só ouve e ouve. Acho que já chega de escrever.

sábado, 26 de junho de 2010

O nada

Haha, esse foi um texto que eu fiz quando eu não tinha nada para escrever. Então eu escrevi sobre o nada.



Alguém alguma vez já pensou em escrever sobre o nada? Alguém já parou para pensar o que é o nada? Se não sabemos falar o que é o nada, como sabemos o que é o nada? O nada é um vazio. Mas o vazio tem algo. O nada. Logo ele não é vazio.

Será então que o nada é algo que existe? Mas quando dizem que algo não existe, é porque é um nada. Então tudo que não existe, existe? Ou será que o nada não existe? Mas se o nada não existe, como pode não existir as coisas que não existem?

O nada é o oposto de tudo. Mas o que seria tudo? O nada poderia ser um tudo no vazio. O vazio é inteiramente, completamente cheio do nada. Logo o nada é tudo que existe no vazio. Mas como o nada pode ser tudo, se são duas idéias opostas? Então, se o nada não existe, o tudo também não existe?

É, eu não consigo pensar em nada para descrever o nada. Ou melhor, pensei em tudo para descrever o nada, certo? É, esquece tudo – ou nada.

Bem e Mal

Precisava visitar um lugar. Não sabia o porquê, mas precisava visitar um lugar. Não era um lugar, era o lugar. Eu precisava passar por aquela porta e ver o que havia dentro. Não era algo bom. Definitivamente, não era bom. Posso nunca ter sido vidente, mas sei quando algo é bom ou não. Mesmo assim, precisava entrar. Então, entrei.
Passei pela porta da igreja, e a ansiedade se misturava com o medo dentro de mim. Mas nada disso importava. Eu só precisava saber o que havia lá. Era uma igreja com um grande espaço em sua frente, deserto de concreto onde só não era totalmente vazio, pois havia uma estátua. A igreja era totalmente vazia, não era habitada havia anos. Mas mesmo assim, entrei na igreja.
Subi as escadas, passei pelos corredores escuros, tentando achar a sala que tanto eu procurava. Não sabia ainda qual sala era, mas sabia que quando a visse, saberia. Passei por uma sala. Não era ela. Passei por uma segunda sala. Também não era ela. Passei por mais duas salas, e nenhuma parecia ser a sala que procurava. Então vi outra sala.
Senti que era a sala que procurava. Abri a porta, e senti algo que nunca sentira tão forte em minha vida. Medo, nojo e pânico. Eu só queria sair logo daquele lugar. A sala era totalmente coberta de sangue. Fugi de lá. Desci as escadas o mais rápido que pude. Saí da igreja, mas ainda precisava passar pela grade ao lado da grande estátua.
Na hora que desci, o espaço em frente à igreja não era o mesmo. Parecia todo amaldiçoado, e a estátua parecia ter vida. Tentei passar pelo portão, mas a estátua não permitia. Consegui passar pelo portão e comecei a correr. Não tinha mais forças para correr e a estátua corria logo atrás de mim.
Comecei a rezar. Pedi ajuda. A estátua tentou me atacar, mas algo dentro de mim reagiu. Algo muito maior e mais forte que eu lutou contra a estátua. Mas parecia que a estátua também ganhou uma ajuda. Algo também possuiu-a, algo mais forte e maior. O Bem e o Mal lutavam agora. Não era mais eu, não era mais a estátua. Eu não assistia mais pelos meus olhos. Agora eu era narrador observador. Via meu corpo lutando, mas não era eu que estava ali. E agora, Bem e Mal lutavam. Diabo e Anjo. A luta continuou durante uma eternidade, para mim. Até que chegou ao seu fim. O Mal vencera. E eu acordei.




PS: Isso foi de verdade um sonho meu, eu lembro dele até hoje. E eu tenho um certo medo de igrejas agora.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O mundo continua girando

Pergunto-me porque estou pensando nisso. Na verdade, penso nisso há séculos, não na mesma situação, e sim como um todo. Talvez eu não tenha mesmo mais nada sobre o que pensar. Não sei. E em uma situação tão despercebida, tão comum. Com tantas recordações que guardo, tantos momentos ocorridos pelos longos anos que vivi, tantas histórias... Mas essa era importante.
Estava sentada no banco do parque em frente ao prédio onde eu morava, lugar que casualmente eu visitava. Gostava de ouvir os risos das crianças brincando, já que as minhas já haviam crescido fazia tempo. E as minhas velhas crianças tinham outras crianças que também já não eram mais crianças. É, o tempo passou rápido. Sentia o cheiro do pão da padaria que acabara de abrir na calçada em frente ao parque. Adorava o cheiro.
Vi uma criança chorando. Brigava com a sua mãe porque não queria sair do parque, não queria ir para casa de seu pai visitá-lo, o qual aparentemente, era separado de sua mãe. E aquilo me fez rir. De uma certa forma, era cômica a ingenuidade da criança. Mas era apenas uma criança. E um dia ela iria mudar de idéia.
Mas eu me lembrei que também era assim. Toda criança é assim. Ingênua. Um dia elas irão perceber que os pais não só as fazem chorar de raiva e tristeza, mas um dia as farão chorar de saudade. Perceberão que quanto mais se erra, mais se aprende. Perceberão que nós demoramos dez minutos para cair, mas devemos nos levantar em cinco. Perceberão que a vida tem muitas pessoas más, mas nós devemos lembrar que existem as boas.
Um dia ela aprenderá que na vida há mil motivos para chorar, mas há dois mil motivos para rir. Como o tempo passa rápido. Acho que estou envelhecendo rápido demais. Por que quando se envelhece cada pequeno momento parece valer cada vez mais? Por que quando se envelhece pensamos mais do que falamos? Penso nisso depois. Sinto o cheiro do pão, ouço o riso das crianças brincando. O mundo continuará girando, girando, girando. E eu envelhecendo. Só isso.

O fim de tudo

Apenas consigo ouvir meus pensamentos. Todo som emitido do lado de fora é impossível de ser ouvido. É forte demais. Eu não quero ouvir mais nada, eu só quero pensar. Pensar em algo que me faça ao menos esquecer o que se passa diante dos meus olhos, não literalmente, já que não posso mais enxergar nada.
Todos sabiam que um dia esse momento chegaria. Um momento tão esperado por toda humanidade, mas ninguém nunca realmente cogitou a possibilidade de estar tão próximo, era impossível demais. E foi de repente demais.
Em um segundo estávamos sentados em um sofá rindo. É até engraçado pensar nisso dessa forma, como podíamos em um segundo mudar todo o astral de tudo? Como pôde em um segundo o mundo estar com os seus problemas comuns, mas inteiro, e no outro segundo tudo estar acabado?
Eu não me lembro de nada depois do barulho ensurdecedor. Só sei que corri. Corri como se aquilo valesse toda minha vida. E todos a minha volta também corriam. Ninguém sabia para onde correr, só sabiam que precisavam correr. Não importava mais quem você era, com quem você vivia, onde você morava, de quem você não gostava. Só importava salvar suas vidas, e de quem mais você conseguisse ajudar.
E continuei correndo. Estava sozinha, não achava minha família nem amigos. Corria loucamente, a agonia de não saber o que fazer me sufocava. Não sabia o que fazer, não sabia para onde ir. Vi apenas um clarão e mais nada. Depois disso não vi mais nada. Senti uma mão me segurar e me puxar. Eu tropeçava pelo caminho, não conseguia acreditar. Eu queria minha visão de volta, eu queria enxergar.
A pessoa que me puxava para algum lugar que eu não sabia qual era me disse para ter calma, era apenas ela, minha mãe, e agora estava tudo bem. Mas não estava. Eu contei que não conseguia mais ver nada. Ela me levou para algum lugar onde eu pude ouvir as vozes do meu pai e meu irmão.
Ela me disse que agora nós estaríamos seguros, e que uma hora tudo aquilo iria acabar. Os gritos das pessoas me faziam gritar, mas não eu conseguia emitir uma nota sequer. Apenas consigo ouvir meus pensamentos. Todo som emitido lá fora é forte demais.
Eu queria poder ver mais uma vez o rosto dos meus amigos. Queria poder ver mais uma vez o mar. Queria poder ver o por do sol outra vez. Eu estou chorando. Eu só quero abrir os olhos outra vez. Eu quero poder ver pelo menos uma última vez. E como eles podem estar tão próximos de mim, como posso sentir todos eles, e não poder vê-los?
Ouvi de novo um barulho ensurdecedor. Agora eu consigo ver tudo outra vez. Não sinto mais dor no coração. Eu vejo aqui de cima o mundo caindo aos pedaços. Agora eu estou em um lugar melhor, com as pessoas que eu amo. Foi tudo muito rápido.